Gomes
Mensagens : 11 Data de inscrição : 12/11/2013
Ficha do personagem Nome: Gomes Poderes: Vampiro Habilidades: Medicina
| Assunto: Gomes, o Catiço 14/11/13, 02:32 pm | |
| Nome Civil: Gomes (não lembra-se de seu primeiro nome, e utiliza-se diversas vezes de nomes falsos. Atualmente esconde-se sob a alcunha de Pedro, um morador de rua)Codinome: Nunca precisou, por não ter identidade ou vida pessoalIdade: Aparenta estar entre 20 e 30 anos. Idade real - desconhecidaPersonalidade:Lobo solitário, confia pouco em pessoas e sempre busca evitar os holofotes; não quer atenção alguma voltada para si.- Imagem:
a trabalhar
- História:
Gomes não se lembra de seu passado. Não sabe há quanto tempo vive, e nem tem como saber. E este estranho homem está amaldiçoado. Não, não se trata daquele tipo de maldição em que a pessoa é obrigada a completar todas as suas frases rimando, não é daquele outro tipo que te transforma em um sapo; tampouco é uma maldição de ciganos. A maldição de Gomes é a mais antiga do livro, a primeira e a última, a que sempre assolou a humanidade, sob seus infinitos aspectos e formas; sem perder, porém, sua essência:
A maldição do vampiro.
Muito provavelmente sua perda de memória esteja relacionada com tal maldição. Além de poucas outras coisas, seus poucos e desconexos fragmentos de lembrança mais recentes estão relacionados a uma espécie de cântico... outra língua, talvez, num ritmo sádico, terrível. Mais vozes se juntavam naquela espécie de ritual, e a única coisa que lhe vinha à mente era um vermelho brilhante, quente e pulsante, o rubro sangue humano. Estas são as lembranças mais próximas do suposto presente que Gomes tem. E, então, escuridão total.
O amaldiçoado lembra-se, então, de seus primeiros momentos em sua nova vida: acordara perdido, sem memória alguma, nu em uma miríade de becos e ruelas urbanos. Estava perdido, e sedento. Seu primeiro assassínio de que tem lembrança se deu naquela noite, naquele beco... estava faminto e podia ouvir, próximo dali, o coração pulsante de um morador de rua. Aquilo fez instintos sanguinários aflorarem no maldito, que banqueteou-se com os fluidos vitais do pobre mendigo.
Envergonhado em meio à carnificina e brutalidade de sua atitude, vestiu as roupas de sua vítima e fugiu em meio à noite. Com o passar do tempo descobriu sua condição vampiresca, e passou a assimilar suas capacidades e fraquezas; supondo também, pelas poucas memórias de seu passado, que sua vida anterior relacionava-se, em algum aspecto que podia apenas supor, com a medicina. Pois além dos frangalhos de memória em sua mente, também possuía conhecimentos práticos a respeito do assunto, tendo salvo um número infindável de atropelados e desgraçados em estradas brasil afora, em suas incontáveis andanças. Pois, após o incidente de seu despertar, Gomes soube que não poderia ficar por muito tempo em local algum. Nenhum lugar seria seguro para ele, e muito menos seguro o suficiente para os infelizes humanos que acabassem por cruzar seu caminho. Pois ele precisava caçar, sangue humano, descobrira, era seu combustível; não havia alternativa. Atacava suas presas em um reflexo demoníaco, sempre em áreas vitais; seus conhecimentos da anatomia humana não eram os de um leigo.
Vagando sem rumo pelas pequenas cidades do país, em sua nova vida foi batizado de muitos nomes pelas lendas do povo simples, como cramunhão, catiço, filho do capeta... isso sem mencionar xingamentos. E foi nesta cruzada sem fim que descobriu determinadas limitações de sua espécie, e também suas vantagens. Ele não podia sequer pisar em igreja que fosse, embora conseguisse facilmente adentrar cemitérios, e muito menos conseguia encarar ícones sagrados e religiosos sem se alterar. Descobriu tambem que conseguia deixar humanos mentalmente frágeis sob seu próprio comando, numa espécie de hipnose sobrenatural, o que já o de possíveis exposições arriscadas e desnecessárias. Provou provar também do sangue de animais, descobrindo neles um gosto amargo, rançoso, porém que o saciava quase tão bem o sangue humano... quase. Porém o preferia a tirar vidas e almas humanas, coisa que valorizava infinitamente, justamente por não ter mais alma.
Em suas andanças, o Catiço acaba por chegar em Porto Real. Curioso com as peculiaridades de tal cidade, Gomes tentaria manter-se longe de problemas enquanto pudesse, queria observar mais de perto aquela paisagem urbana e seus singulares acontecimentos; talvez enfim houvesse encontrado o lugar ideal para se estabelecer, e, quem sabe, viver o resto de sua vida supostamente imortal.
Isso, claro, caso consiga controlar sua Sede sobrenatural.
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