Episódio 2

 
Alguns ainda tinham a lembrança do monstro que havia atacado o centro da cidade. Apesar dos trocadilhos que poderiam ser feitos com o fato do evento ter acontecido no ano anterior, todos ainda se lembravam bem da matança na Praça Rio Lindo.  Mesmo assim as pessoas tinham que viver e voltar a trabalhar, inevitavelmente passando pelo Viaduto Negrão Silva Santos, viaduto que liga o bairro Jericó, com o Centro, passando por cima da enorme Avenida Dr. Salgado Filho, avenida que liga o bairro Alessandro Cunha e Cabresco.
 
O viaduto estava lotado, assim como a avenida, porem a confusão à de ter começado no viaduto. Um homens de meia idade, com roupa social, dento de um Corsa cinza, sente uma pancada na traseira do seu carro. Imediatamente ele sai do carro, irritado, para avaliar o prejuízo e inevitavelmente discutir com a pessoa que dirigia o carro que havia batido em sua traseira. Porem, depois de ver que a batida não havia feito muito prejuízo, ele vê que a mulher que dirigia o carro estava acuada. Primeiro ele pensou que ela tinha medo dele. Porem percebeu que aquilo não era o medo comum que uma pessoa tem quando vê algum grande indo pra cima dela, era realmente o medo de morrer, o medo de um tiro, o medo de uma bomb... A bomba explode!!!
 
Um jorro de morte e fogo, junto de metal retorcido e dor se espalha pelo viaduto. Carros são arremessados para fora do viaduto, caindo em cima de carros e ônibus na avenida logo abaixo, enquanto outros voam e caem em cima de outros carros no viaduto. Alem disso, uma cratera se forma no lugar aonde havia o carro da mulher que estava com a bomba, e rachaduras começam a se abrir por todo o viaduto, deixando-o em um estado decadente, pronto para cair por completo, enquanto alguns pedaços do viaduto caiam na avenida.
 

Off:

Já havia passado um mês desde o dia em que Willyan precisou usar seus poderes, porém a dura realidade o acertou naquele dia: sobre pressão seu controle ainda não é bom. Pensando nisso ele resolveu treinar e treinar para manejar corretamente suas habilidades. No entanto fazer o que ele estava disposto a fazer era um peso grande demais para carregar sozinho, então ele resolveu compartilhar com seu amigo de infância o que ele podia fazer.



O local já havia sido escolhido por Willyan, fora bastante difícil convencer Nicholas a acompanhá-lo em uma "viagem" até um terreno baldio no setor Industrial. Muito contrariado Nicholas foi. Bem, mas nem tudo são flores... em meio ao caminho, o táxi que levava os dois amigos é pego por um grande congestionamento e transito muito lento. Por volta das 15h30min, eles se aproximam do Viaduto conhecido pelos populares como "Negão", pelo menos era assim que Willyan e Nicholas o conheciam.

A grande explosão que acontece a alguns metros deles faz o motorista do táxi se assustar e chocar-se com o carro a sua frete, ainda em pânico o taxista sai do carro deixando os dois rapazes para trás. Nicholas sai do carro e grita:

Willyan corre o viaduto vai cai! Precisamos sair daqui. - mas Willyan retruca...

- Cara não era assim que eu queria te contar isso mas,... presta atenção em mim...

Willyan corre na direção de duas pilastras que estavam sedendo e projeta sua energia azul em direção as colunas mais frágeis do viaduto. Ele sabia que isso poderia não dar muito certo então gritou para algumas pessoas que estavam presas a beirada do viaduto que pulasse no escorrega que ele projetou à beirada do viaduto. Caso tudo isso fosse muito esforço para o rapaz, ele tem em sua mente que se o escorrega e o reforço das colunas se quebrarem, ele irá lançar uma bolha de luz na direção da mulher e seus dois filhos que tentava salvar, afim de aliviar a queda delas no chão.

Desde o último incidente com eventos com os tais super-seres Vênus tinha muitas dúvidas sobre sua origem.  Ela secretamente vinha vasculhando e fazendo pesquisas sobre pessoas criadas em laboratório, e não achava nada que pudesse alterar o DNA desse indivíduo que o desce super poderes como os que ela às vezes manifestavam. Tirando isso sua rotina de treinos foi intensificada, ela não queria depender da ajuda de estranhos para completar suas missões.
      Lorena recebera da central uma missão comum, de reconhecimento de território, ainda existiam zonas daquela cidade que ainda não foram totalmente mapeadas, e a zona industrial perto do Viaduto Negrão era uma delas, seu trabalho era simples, tirar fotos, instalar algumas câmeras e voltar para casa, porem no meio de sua missão ela escuta barulhos, e capta alguma movimentações estranhas, pensou em checar o que era, mas Vênus não tinha tempo para isso, o viaduto simplesmente começou a se destruir, ela tinha que pensar rápido, ligou para central pedindo helicópteros de resgate e com um binóculo observava a situação procurando a possível causa, como uma espiã ela não poderia simplesmente ir para o meio da ação e salvar pessoas, ela tinha que ser paciente. Depois ela vira um homem criava construtos, sabia que isso tinha que ser reportado ao governo, tirou algumas fotos dele e novamente se ligou com a central:
   -Agente Vênus na escuta, quero uma avaliação dos danos completa desse viaduto, quero saber causas e como concertar, já pedi que mandassem helicópteros de resgate eles vão demorar a chegar? Espero que não, a situação aqui não é nada favorável. – Ela falava sério, mas seu tom de voz continuava calmo, sob controle, ela olhava as pilastras pensando no que fazer. Desde quando uma espiã é encarregada de salvar vidas?

Eu estava parada ali em meio à destruição, uma cena caótica a minha frente e pessoas assustadas correndo tentando se salvar, mas como um dia ruim poderia piorar tanto? Como eu fui parar em meio essa situação caótica...





Eu estava começando meu expediente na loja de artigos esportivos, mas ao adentrar a loja escuto apenas meu chefe dizendo:

Ariane pegue seu uniforme, consegui algumas informações sobre aquela organização.

Ok, me passe os dados que você obteve. -Respondi de forma objetiva.

Hoje, exatamente à 14h30 um subordinado do "sádico" irá entregar uma mercadoria importante de helicóptero no bairro Alessandro Cunha. Quero que você arranque informações desse subordinado e roube a mercadoria. -Disse Vitor de maneira clara.

Entendido. -Respondi ao meu chefe enquanto me preparava para "missão".





Fui para o local de moto, mas uma informação fundamental foi esquecida, em qual dos prédios eles estariam?

Não demorou muito para minha pergunta ser respondida, escutei o barulho de um helicóptero no topo de um prédio, mas quando eu cheguei perto a troca já estava feita, o helicóptero já estava partindo e o grupo que recebeu a mercadoria já estava fugindo em seu carro.

Eu não poderia deixar a missão falhar tanto, liguei minha moto e comecei a seguir sutilmente o carro deles, porém não demorou muito para eles perceberem e aumentarem a velocidade. Então começou uma perseguição frenética se iniciou se estendendo até o Viaduto Negrão, onde tive que parar por conta de uma explosão e por tal motivo eles conseguiram escapar.





Mas como eu fui parar nessa situação caótica? Não é do meu feitio parar para algo que não estivesse no meu objetivo. Naquele momento me perdi em pensamentos, me lembrei da "batalha" contra o monstro no mês passado, porém meus pensamentos são interrompidos pelos gritos de algumas crianças em um doblo que estava prestes a cair na avenida, não precisei pensar muito para saber que eles precisavam de minha ajuda.

Então pegarei minha flecha de espuma de poliuretano para fixar o carro no viaduto tempo suficiente para conseguir salvar as crianças e sua mãe desacordada no banco da frente.

 
O viaduto Negrão Silva Santos e a Av. Dr. Salgado Filho exalavam morte e medo, quem não estava morto, estava desacordado, ou então estremecido de medo. O primeiro a se prontificar a ajudar, é um homem que também havia ajudado na vez em que o monstro havia atacado. Willyan estava preso no transito de baixo do viaduto quando a explosão destruiu parte do viaduto, que começou a desmoronar. Ele rapidamente se prontificou a usar sua energia azul para impedir que algumas pilastras de sustentação, que se projetavam do viaduto até o chão, sendo pontos de sustentação apoiados nas calçadas da Avenida, adiantando a apresentação de seus poderes para o amigo que vinha com ele.
 



 
Enquanto isso, na Avenida Dr. Salgado Filho, um tanto longe do viaduto, Lorena Castro, a agente Vênus, mantinha sua missão de reconhecimento. Ela instalava câmeras em pontos cegos da avenidas, lugares onde as câmeras de monitoramento da concessionária que mantinha a rodovia não abrangiam, lugares perfeitos para estupros, trafico de drogas e prostituição infantil. Inesperadamente, uma movimentação estranha é ouvida pela agente, logo acima dela: um carro, e uma moto, com uma jovem caucasiana e vestida azul e branco, com um arco nas costas e o rosto encoberto por uma mascara, em uma perseguição frenética... Porem nada poderia ser averiguado nesse momento
 



 
Willyan não se sentia completamente confiante de mais de um elemento de energia azul ao mesmo tempo, mesmo assim ele tentou criar uma espécie de escorrega, que levasse algumas pessoas que estavam presas na borda do Viaduto para o chão. Infelizmente o medo do jovem era correto: ele não conseguiria criar os tantos objetos de energia azul em tão pouco tempo... Ainda. Sempre que ele tentava criar o tobogã que levaria os civis para o chão, as colunas azuis de energia, que Willyan criara para sustentar as pilastras que sustentavam o viaduto, começavam a rachar.
 
Acima dele, Fantasma havia parado para ajudar as pessoas na parte de cima do viaduto. Um carro que estava quase caindo, havia sido preso pela flecha de poliuretano da arqueira, e a mãe e filha que estavam no carro, foram facilmente resgatadas. Porem as pessoas que estavam quase caindo do viaduto, as mesmas pessoas que Willyan estava tentando salvar, não seriam salvas tão facilmente. O lugar aonde eles estavam estava cedendo, e eles não tinham para onde correr.
 
No momento em que o piso realmente cedeu, e a mulher e as duas crianças pareciam que iam morrer, estateladas no chão da Av. Dr. Salgado Filho, esmagadas por toneladas de entulhos, uma flecha de poliuretano, de Fantasma, atravessou o viaduto e prendeu as crianças e a mãe da duas, em um pedaço do parapeito do viaduto que não havia cedido e caído, salvando a vida das três. Porem, quando Fantasma chegava para dar suporte a elas, mais uma bomba explodiu.
 
Momentos antes da explosão, Fantasma percebeu que uma da “crianças”, não era exatamente uma criança, ela era na verdade um criança fantasiada de palhaço, com um colete recheado de explosivos no torço. A suposta mãe e a criança que não estava com os explosivos foram totalmente incineradas, e tiveram varias partes de seus corpos espalhados pelo viaduto e na avenida. Enquanto Fantasma era arremessada para longe, porem, dessa vez, não apresentou nada alem de um pequeno arranhão no braço esquerdo.
 
Dessa vez, diferente da primeira explosão, a bomba foi seguida de morte, dor e palhaços assassinos com metralhadoras e escopetas... sim, palhaços assassinos com metralhadoras e escopetas...
 
Um grupo de sete atavam o “cruzamento” das via: três por cima, no viaduto, sendo dois pela esquerda, com escopetas de cano cerrado, uma em cada mão, e um pelo lado direito, com uma submetralhadora uzi; outros quatro seguiam pela avenida, os quatro com metralhadoras AR-15, seguindo em uma espécie de linha, seguindo pelo centro da avenida. Todos os “palhaços assassinos” atiram em qualquer pessoa que esteja fugindo deles, ou agonizando de dor no chão. A chacina está a toda.
 

Off: